O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2009 em 4,31%, abaixo da meta de 4,5% estabelecida pelo governo federal.
Em Curitiba, o índice foi o segundo maior entre as 11 capitais pesquisadas, ficando em 4,67% – taxa idêntica à de Belo Horizonte e abaixo apenas da registrada em Brasília, de 4,92%.
Em dezembro, o índice curitibano ficou em apenas 0,13%, sendo o segundo menor registrado nas 11 capitais pesquisadas. A média nacional do último mês do ano passado ficou em 0,37%.
Os números foram apresentados ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2008, o IPCA nacional tinha ficado em 5,9% e, em 2007, fechou em 4,46%.
O índice de Curitiba, em 2008, foi de 5,41%, inferior à média nacional e o quarto menor entre as 11 capitais. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também divulgado ontem, ficou em 4,68% em Curitiba o maior do País, empatado com São Paulo e em 4,11% na média nacional.
Nos números de dezembro, o IBGE detectou, em Curitiba, deflação de 0,74% no grupo alimentação e bebidas. Já a categoria de artigos de residência foi a que mais teve aumentos no mês, ficando com uma taxa de 1,51%.
No índice de 2009, em Curitiba, o grupo de despesas pessoais foi o que teve o maior aumento, de 8,52%, principalmente devido aos cigarros, cujos preços subiram 31,9%.
O grupo habitação veio em seguida, com uma taxa de 7,28%. O gás de cozinha foi o produto que mais aumentou (19,67%), porém foi o aluguel residencial, que subiu 9,97%, foi o que mais pesou no orçamento das famílias.
Os outros grupos pesquisados pelo IBGE que tiveram aumentos acima da inflação curitibana foram os de educação (6,4%), saúde e cuidados pessoais (4,9%) e artigos de residência (4,81%).
Transportes
Já os grupos que subiram menos que a inflação média em Curitiba foram os de vestuário (4,3%), comunicação (3,73%), transportes (3,51%) e alimentação e bebidas (2,07%).
No entanto, o grupo de transportes foi o que teve o maior peso (22,61%) sobre o consumo dos curitibanos em 2009, influenciado principalmente pela gasolina. O combustível, que subiu 5,46% em 2009, contribuiu com 6,86% das despesas das famílias e foi o item que mais pesou, individualmente, no orçamento das famílias locais.
O IBGE ainda destacou o aumento do etanol, que subiu 13,93% na capital, no ano passado. No entanto, o segundo maior peso entre os aumentos da categoria veio do reajuste de 15,8% nas passagens de ônibus urbanos.
Nos alimentos, que responderam, em 2009, por 20,81% das despesas das famílias curitibanas, os itens que mais aumentaram foram a cebola (54,78%), a cenoura (47,89%) e o açúcar refinado (42,27%).
Mas as refeições em restaurante, que subiram 6,76% no ano, foram as que tiveram maior peso, respondendo por 3,94% das despesas totais das famílias. A taxa foi a segunda maior contribuição individual em toda a inflação do ano. Entre as baixas no grupo no ano, o IBGE destacou o feijão e o arroz, que em Curitiba tiveram seus preços reduzidos em, respectivamente, 46,7% e 13%.