A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o mês de novembro com variação de 0,13% na Grande Curitiba, um pouco abaixo de 0,16%, registrado em outubro.
Foi o segundo menor resultado entre onze regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em nível nacional, a inflação acelerou, passando de 0,30% em outubro para 0,38% no mês passado.
Com estes resultados, o IPCA – índice utilizado pelo governo como meta de inflação – acumula de janeiro a novembro alta de 3,69% em nível nacional e de 2,98% na Grande Curitiba: o menor resultado entre as regiões pesquisadas.
Segundo o IBGE, o grupo alimentação e bebidas, que variou 0,73%, foi o principal responsável pela alta do IPCA na passagem de outubro para novembro. A maior contribuição individual para o índice foi dada pelo item carnes, que aumentou 5,71%. O feijão carioca e o preto – com alta de 23,13% e 10,87%, respectivamente -, também pressionaram a inflação. Já o leite pasteurizado, que ficou 6,84% mais barato, apresentou a menor contribuição individual; no entanto, o produto acumula alta de 18,93% no ano.
Alta dos alimentos
O ano de 2007 ficará marcado pela alta dos preços dos alimentos. Desde janeiro, os produtos alimentícios acumulam alta de 8,55%, muito superior ao aumento acumulado de 1,23% em todo o ano de 2006 e já superior à alta de 2003 (de 7,48%). Em 2002, os alimentos subiram 19,47%. ?Os preços dos alimentos vão registrar este ano a maior alta apurada pelo IBGE desde 2002?, adiantou a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
Os alimentos responderam, de janeiro a novembro deste ano, por 1,76 ponto porcentual, ou quase metade do IPCA de 3,69% apurado no período. ?A história da inflação de 2007 será marcada pelo aumento mais forte dos alimentos, por causa de questões climáticas, aumento das exportações e também alguma pressão de consumo?, afirmou Eulina.
Entre os dez produtos alimentícios com maior impacto no grupo de alimentos em 2007, no acumulado de janeiro a novembro, o líder em magnitude de reajuste é o feijão carioca (76,29%), seguido pelo leite em pó (47,15%) e pelo leite pasteurizado (18,93%).
Por outro lado, segundo Eulina, os preços administrados deram forte contribuição para conter a inflação no ano, sobretudo a energia elétrica, que registra, no acumulado de janeiro a novembro, uma queda de preços de 5,80%. O telefone fixo, outro item de forte peso no IPCA, registrou variação de apenas 0,34% no período.
Os combustíveis também foram cruciais para evitar aumentos mais fortes no IPCA. A gasolina acumula, de janeiro a novembro, deflação de 1,71% e o álcool caiu 6,21%. No mês passado, a alta foi de 0,64%, pressionada especialmente, segundo Eulina, pelo reajuste do álcool (5,23%), que está na entressafra.