A taxa de inflação de 0,20% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março é a menor apurada pelo IBGE para um mês de março desde 1994, destacou a coordenadora de índices de preços do instituto, Eulina Nunes dos Santos. No primeiro trimestre de 2009, a alta de 1,23% do índice foi a menor para um primeiro trimestre desde 2000. Segundo Eulina, a desaceleração no IPCA de fevereiro (0,55%) para março foi garantida pelo fim da pressão de alta do grupo Educação, que havia sido responsável por mais da metade da taxa de fevereiro.

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O desempenho comportado da inflação no primeiro trimestre deste ano foi favorecido pela demanda contida pela crise, a estabilidade no preço da gasolina e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis novos, segundo a coordenadora de índices de preços do IBGE. No primeiro trimestre, houve queda de 4,58% nos preços dos automóveis novos e recuo de 4,91% nos preços de carros usados. Além disso, alguns produtos importantes nas despesas com alimentação das famílias registraram deflação no período, como carnes (-4,70%), tomate (-18,90%), feijão carioca (-12,92%) e arroz (-3,87%). Já o preço da gasolina ficou praticamente estável (0,04%) no primeiro trimestre.

A maior pressão de alta para a inflação acumulada de 1,23% no primeiro trimestre do ano ficou com o item colégios, com aumento de 5,12% e contribuição de 0,25 ponto porcentual para o IPCA no período. Outras pressões importantes de alta no primeiro trimestre foram dadas pelas tarifas dos ônibus urbanos (4,41%), na refeição fora de casa (2,88%), frutas (8,12%) e empregado doméstico (2,01%). Eulina disse que houve alguma influência da alta do dólar sobre os reajustes de alguns produtos no primeiro trimestre, como eletrodomésticos (0,58%), computadores (1,51%) e mobiliário (1,67%).

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