A taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) em janeiro teve magnitude dentro do esperado, mas os aumentos de preços foram mais disseminados do que o previsto. A avaliação é do professor Luiz Roberto Cunha, decano da PUC-Rio. O IPCA-15 acelerou a alta para 0,89% em janeiro, após subir 0,79% em dezembro de 2014, informou nesta sexta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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“Os serviços como um todo vieram muito altos, o que preocupa, até porque o item passagens aéreas, que geralmente pressiona a inflação de serviços, desta vez veio com queda na tarifa. Então, não foi só um aumento específico dos preços administrados que pressionou o IPCA-15”, lembrou Cunha.

Segundo ele, o momento atual de inflação alta com atividade fraca resulta num cenário ruim, que dificulta as previsões para 2015. O professor espera que o IPCA fechado do mês de janeiro fique entre 1,2% e 1,3%, e que a taxa acumulada em 12 meses rode acima de 7% ao longo do primeiro quadrimestre.

“As bandeiras tarifárias (que repassam à conta de energia o custo mais alto do acionamento das térmicas) ainda não apareceram no IPCA-15 com muita intensidade. A Petrobras vai repassar o aumento do imposto sobre os combustíveis. Então há uma série de pressões de preços administrados a serem corrigidos”, lembrou Cunha.

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