João de Noronha / GPP
João de Noronha / GPP

Telefone fixo pressionou a
inflação em todos os estados
em função do ajuste de 3,39%.

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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,28% em agosto, acumulando alta de 3,91% no ano e de 6,30% nos últimos doze meses. Em Curitiba, a variação ficou em 0,82%, a sexta maior do País. O telefone fixo, com aumento de 3,39%, pressionou o índice pelo segundo mês consecutivo e exerceu o principal impacto individual no índice, 0,12 ponto percentual. Em Curitiba, o aumento da telefonia foi um pouco menor, de 2,86%. No ano, o telefone fixo subiu 6,59%.

Além do telefone, combustíveis e salários de empregados domésticos encontram-se entre os principais itens que levaram ao crescimento do IPCA-15 de julho para agosto. A valorização das cotações da cana-de-açúcar provocou um aumento de 4,22% no preço do álcool combustível e de 1,14% na gasolina. Em Curitiba, porém, a alta dos combustíveis foi bem maior, chegando a 10,53% no caso do álcool – o maior aumento entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas – e de 5,58% na gasolina.

Nos salários dos empregados domésticos, a taxa de 1,86% mostra reflexos do aumento do salário mínimo ocorrido em maio, quando o valor passou de R$ 260,00 para R$ 300,00.

Curitiba

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Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), além dos combustíveis, pressionaram a inflação o grupo vestuário (aumento de 0,20%), transportes (1,25%) e a energia elétrica (2,46%). No grupo alimentos e bebidas, a redução de preços na RMC foi menos expressiva do que na média nacional – queda de 0,09% contra redução de 0,67%. As hortaliças e verduras registraram o maior aumento em Curitiba (10,88%), com destaque para a couve-flor, que subiu 15,92%.

Sobre os índices regionais, o maior resultado foi registrado na Região Metropolitana de Belém (1,12%) devido aos aumentos verificados nas tarifas de água e esgoto (11,29%), energia elétrica (3,14%) e ônibus urbano (3,48%). No outro extremo, o Rio de Janeiro (-0,15%) ficou com a menor taxa por causa das variações negativas em alimentos (-1,37%), gasolina (-0,38%) e álcool (-0,54%).

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O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.