Telefone aumentou 7,2%. |
A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) ficou em 0,11% em julho, o menor patamar desde o mesmo mês de 2003. O resultado, no entanto, representa apenas uma leve queda em relação ao mês passado, quando a inflação havia ficado em 0,12%. Entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Região Metropolitana de Curitiba ficou em posição intermediária (sexta maior inflação e também sexta menor), com o IPCA-15 a 0,07%. A maior contribuição individual para a alta dos preços veio da telefonia fixa, responsável por 0,08 ponto percentual da inflação de 0,11% no País.
A telefonia fixa teve reajuste de 7,27% a partir de 3 de julho, o que gerou um impacto de 2,41% no grupo telefonia em nível nacional. Em Curitiba e região, o impacto foi ainda maior, de 2,71%. Outros grupos que pressionaram a inflação na Grande Curitiba foram habitação (com elevação de 0,79%, acima da média nacional que ficou em 0,31%), móveis e utensílios (alta de 1,60%), vestuário (0,62%). A energia elétrica residencial também registrou aumento significativo na RMC: 2,15%, contra a média nacional de 0,13%. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o aumento da tarifa pela Copel no dia 24 de junho. Os remédios, que vinham apresentando queda nos meses anteriores, também subiram: 1,46%, contra queda de 0,10% em nível nacional.
Na outra ponta, registraram queda de preços o grupo alimentos e bebidas (-0,67%), com destaque para hortaliças e verduras, que registram queda de 23,79% nos preços; transporte urbano (-1,70%); combustível (-5,08%), com destaque para a gasolina (-3,81%) e o álcool (-9,50%).
No País
Em nível nacional, a maior contribuição individual para a alta dos preços veio da telefonia fixa, com aumento de 2,41%. Por outro lado, os alimentos ajudaram a aliviar a inflação, com queda de preços de 0,86%. As principais baixas foram das carnes (-1,64%), batata inglesa (-26,76%), tomate (-7,63%), hortaliças (-4,77%) e arroz (-4,35%).
Assim como já havia ocorrido em junho, os combustíveis também seguraram a inflação. O álcool caiu 3,98% e a gasolina, -0,50%.
A pesquisa do IBGE também mostrou que das 11 regiões metropolitanas pesquisadas, três tiveram deflação: Rio de Janeiro (-0,01%), Belém (-0,02%) e Fortaleza (-0,09%). Por outro lado, as maiores altas ocorreram em Goiânia (0,63%) e Recife (0,56%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (Índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença entre os indicadores é a data de coleta de preços.
O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. No ano, o IPCA-15 aponta inflação de 3,62% e, nos últimos 12 meses, de 6,84%.