O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou deflação de 0,05% em agosto, após mostrar taxa negativa mais intensa, de 0,09%, em julho. A informação foi divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa veio abaixo do piso das estimativas dos analistas, que esperavam índice entre deflação de 0,03% e inflação de 0,16%, com mediana em 0,07%. De acordo com o IBGE, o IPCA-15 acumula alta de 3,21% em 2010 e de 4,44% nos 12 meses encerrados em agosto.
Os preços dos alimentos caíram 0,68% em agosto. Com isso, a contribuição da classe de despesa na formação da taxa do indicador foi negativa, de -0,15 ponto porcentual. Segundo o IBGE, vários alimentos continuaram com os preços em queda, de julho para agosto. Entre os destaques de queda este mês estão batata-inglesa (baixa de 22,06%), tomate (recuo de 21,89%), cebola (queda de 9,26%), açúcar cristal (baixa de 8,10%), hortaliças (queda de 8,00%), feijão carioca (baixa de 4,78%), açúcar refinado (queda de 3,96%) e leite pasteurizado (recuo de 1,93%). Entre os alimentos, a batata-inglesa apresentou a mais expressiva contribuição individual negativa na formação da taxa do IPCA-15 de agosto, com -0,06 ponto porcentual.
Mas nem todos os produtos e serviços ligados ao setor de alimentação mostraram queda. O item “refeição fora” manteve os preços em alta e subiu 0,71% em agosto. De acordo com o IBGE, este item conteve, em parte, a influência de quedas nos preços dos alimentos e contribuiu positivamente, com 0,03 ponto porcentual, na formação da taxa do IPCA-15.
Já os produtos não alimentícios subiram 0,14% em agosto. O destaque ficou por conta da mudança de trajetória de preços no grupo educação (de deflação de 0,02% para inflação de 0,37%), de julho para agosto. Somente esta classe de despesa contribuiu positivamente com 0,03 ponto porcentual para o resultado do IPCA-15 do mês.
