PRÉVIA

IPCA-15 recua para 0,73% na Grande Curitiba

A prévia da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) atingiu 0,73% na Grande Curitiba no mês de março, inferior às taxas registradas nos dois últimos meses, de 0,78% e 0,78%, em janeiro e fevereiro, respectivamente. O índice nacional ficou em 0,60%, também apresentando queda em relação aos dois primeiros meses do ano – 0,76% e 0,97%. O IPCA-15 é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou no teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam inflação entre 0,46% e 0,60%. A mediana das previsões apontava taxa de 0,53%. A inflação pelo IPCA-15 em março foi maior que a apurada no mesmo mês do ano passado, quando a taxa foi de 0,55%. Com o resultado anunciado nesta quarta-feira (23), o índice acumula taxa de inflação de 2,35% em 2011 e de 6,13% nos 12 meses encerrados em março.

Grupos

Apesar da queda no índice geral para 0,73%, o grupo alimentos e bebidas na Grande Curitiba, com 0,78%, foi o segundo maior do País, só ficando atrás de Porto Alegre (1,21%). Em relação aos gastos com artigos de residência (0,81%), a capital também teve a segunda maior alta, atrás de Belo Horizonte (0,94%).

Na habitação a alta foi de 0,52%; artigos de limpeza, 0,96%; combustíveis e energia, 0,13%; transportes, 1,32%; saúde e cuidados pessoais, 0,39% e despesas pessoais, 1,34%. Em relação à educação, os gastos apresentaram alta de 0,53%.

Entretanto, no vestuário, a Grande Curitiba teve queda de 0,71% na prévia de março, a terceira maior entre as regiões pesquisadas; e teve a menor alta na comunicação (0,06%).

No acumulado do ano, o IPCA-15 da capital registra alta de 2,33%. Já em relação aos 12 últimos meses, a Grande Curitiba registra a maior variação entre todas as regiões pesquisadas – 7,12%, acima da média nacional de 6,13%.

Nacional

A perda de força da inflação nacional no grupo educação (de 5,88% para 1,03%), na passagem de fevereiro para março, foi a principal contribuição para a taxa menor do IPCA-15 deste mês, segundo informou o IBGE. Os preços de educação subiram muito no mês passado, devido ao efeito de reajustes sazonais, como aumentos de mensalidades escolares, que sempre ocorrem no começo de cada ano. No entanto, os reajustes de preços no grupo educação ficaram concentrados em fevereiro, perdendo força em março.

Os alimentos, que continuaram mostrando desaceleração no ritmo de crescimento de preços, indo de 0,57% para 0,46%, também contribuíram para a desaceleração do índice no mês de março. As despesas com saúde e cuidados pessoais também apresentaram menor variação, passando de 0,52% para 0,35%, destacando-se os remédios (de -0,07% em fevereiro para -0,11% em março). Refletindo as liquidações de final de estação, os artigos de vestuário passaram de 0,13% em fevereiro para -0,37% em março.

No grupo despesas pessoais, a alta de 1,04% foi significativa, embora inferior aos 1,17% de fevereiro. A redução foi puxada pelo item recreação (de 1,19% para 0,39%), enquanto o nível relativamente alto do resultado do grupo teve forte influência dos salários dos empregados domésticos (de 0,91% para 1,54%), considerando, ainda, o item cigarro (de 1,61% para 2,30%).

Os demais grupos ficaram acima dos resultados de fevereiro, com o transporte (de 1,04% para 1,11%) na liderança no mês de março. Neste, as passagens aéreas, que haviam apresentado queda de 11,45% em fevereiro, subiram para 29,16% em março. Subiram, também os preços dos combustíveis, de 0,72% para 1,09%. O grupo transporte foi influenciado, ainda, pelas tarifas dos ônibus intermunicipais (de 1,28% para 1,94%) e urbanos (de 3,37% para 0,83%), apesar da redução deste último de um mês para o outro.

Confira a variação do IPCA-15 em março

Fortaleza 1,06%

Porto Alegre 0,87%

Brasília 0,79%

Recife 0,78%

Curitiba 0,73%

Goiânia 0,71%

Belo Horizonte 0,66%

São Paulo 0,52%

Rio de Janeiro 0,50%

Salvador 0,32%

Belém 0,15%

Brasil 0,60%

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