A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) registrou alta de 0,35% em março – quase metade do apurado em fevereiro (0,74%). Entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas, a Grande Curitiba foi a que apresentou a segunda menor variação, com alta de 0,17%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na Grande Curitiba, ainda é o ônibus urbano – por conta da tarifa domingueira, que é de R$ 1,00 e não mais R$ 1,90, desde janeiro – que vem pressionando o índice para baixo. Enquanto em nível nacional houve aumento de 1,83% no ônibus urbano – o principal responsável pela inflação do mês, segundo o IBGE -, Curitiba registrou variação negativa de 1,68%. Outros setores que apresentaram índices negativos em Curitiba foram vestuário (-0,05%), contra o aumento nacional de 0,10%; o setor de saúde e cuidados pessoais (-0,02%), contra aumento de 0,48% na média nacional. O setor de alimentos e bebidas também ajudou o índice a cair: em Curitiba, houve queda de 0,65%, enquanto a média nacional apresentou elevação de 0,17%. Apesar da variação negativa do setor, alguns produtos específicos apresentaram alta significativa em março, como é o caso da cebola – aumento de 51,22% -, pimentão (46,79%) e cenoura (39,56%).
Já os aumentos na Grande Curitiba ficaram por conta da habitação (alta de 1,31%), energia elétrica (1,69%), artigos de residência (0,67%), além da gasolina e do álcool, que registraram aumento de 1,94% e 2,09%, respectivamente. Em nível nacional, os dois combustíveis tiveram queda, de 0,32% (no caso da gasolina) e de 0,59% (álcool).
País
No mês passado, a inflação pelo IPCA-15 foi puxada pela alta do grupo educação, em função das mensalidades escolares e matrículas. Agora, no entanto, o IBGE afirma que foi reduzida a pressão sobre os preços das mensalidades escolares. De uma alta de 6,34% em fevereiro, esse item passou a subir apenas 0,49% em março.
Outros itens que exerceram menor pressão sobre a inflação em março foram empregados domésticos (de +1,12% em fevereiro para +0,13% em março) e alimentos (de +0,53% para +0,17%). Além disso registraram deflação passagens aéreas (-4,69%), gás de cozinha (-1,11%) e gasolina (-0,32%).
O maior resultado entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE foi verificado em Brasília (0,97%) e o menor, em Salvador (0,10%). No trimestre, o IPCA-15 mostrou inflação de 1,78% e, nos últimos 12 meses, de 7,31%.
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (Índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença é a data de coleta de preços. O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.