A alta de 0,23% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) em setembro foi o menor resultado desde agosto de 2014, quando a inflação foi de 0,14%. Quando considerados apenas os meses de setembro, a taxa foi a menos acentuada desde 2009, quando o IPCA-15 ficou em 0,19%.

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Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 de setembro do ano passado tinha sido de 0,39%. Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses desacelerou de 8,95% em agosto para 8,78% em setembro.

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O resultado acumulado em setembro foi o mais baixo desde maio de 2015, quando a taxa em 12 meses estava em 8,24%.

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Alimentação e Bebidas

Segundo o IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável pela desaceleração do IPCA-15, ao passar de uma alta de preços de 0,78% em agosto para uma queda 0,01% em setembro. No mesmo período, o IPCA-15 reduziu o ritmo de alta de 0,45% para 0,23%.

Os produtos alimentícios que contribuíram para conter a taxa foram batata-inglesa (-14,49%), cebola (-12,30%), feijão-carioca (-6,05%), hortaliças (-6,03%) e leite longa vida (-4,14%). Na direção oposta, o item frutas subiu 4,01%, o maior impacto positivo sobre o IPCA-15 do mês, o equivalente a uma contribuição de 0,04 ponto porcentual para a inflação.

Em setembro, cinco das 11 localidades pesquisadas pelo IBGE registraram redução nos preços dos alimentos: Goiânia (-0,70%), Salvador (-0,65%), Belém (-0,25%), Belo Horizonte (-0,25%) e Brasília (-0,05%).

Passagem aérea

O recuo de 0,10% nos gastos das famílias com transportes ajudaram a conter a taxa do IPCA-15 em setembro, informou o IBGE. O grupo Transporte tinha registrado aumento de 0,10% nos preços no indicador de agosto.

Em setembro, os consumidores pagaram menos pelos itens passagem aérea (-2,31%), gasolina (-0,75%), conserto de automóvel (-0,59%) e automóvel usado (-0,55%).

Habitação e Vestuário

Os grupos Habitação e Vestuário foram os dois únicos que registraram taxas de variação maiores na passagem de agosto para setembro, dentro do IPCA-15, informou o IBGE.

Os gastos com habitação passaram de recuo de 0,02% em agosto para alta de 0,48% em setembro, enquanto as despesas com vestuário saíram de queda de 0,13% para elevação de 0,49% no período.

No grupo Habitação, houve pressão de gás de botijão (alta de 1,35% em setembro) e condomínio (aumento de 0,90%). No Vestuário, os destaques em setembro foram os itens roupa masculina (0,86%) e calçados (0,56%).

Na direção oposta, houve trégua além de Alimentação e Bebidas e o grupo Transportes, na parte de Comunicação (de 0,01% para -0,01%). Ao mesmo tempo, os aumentos foram menores em Artigos de residência (de 0,34% para 0,25%), Saúde e Cuidados pessoais (de 0,87% para 0,53%), Educação (de 0,90% para 0,25%) e Despesas Pessoais (de 0,85% para 0,60%).

Dentro do grupo Despesas Pessoais, o cigarro recuou 1,55%, contribuindo para conter a taxa do IPCA-15 do mês. Houve redução do preço de algumas marcas em nove das 11 áreas pesquisadas. As duas exceções foram Brasília e Goiânia, informou o IBGE.