A alta de 0,09% do IPCA-15 de outubro repetiu o avanço registrado em setembro e ficou acima da mediana das projeções do mercado (+0,03%), mas dentro do intervalo das projeções (-0,03% a +0,12%). O mesmo ocorreu com a taxa acumulada em 12 meses, que subiu 2,72%, acima da mediana (+2,66%) e no intervalo das projeções (+2,60% A 2,75%). Esses resultados apoiam um ajuste de alta dos juros futuros, enquanto o dólar recua no mercado doméstico.
Segundo o operador de uma corretora, o investidor estaria precificando, aparentemente, maior chance de manutenção do corte de 0,50 ponto da Selic, em vez de uma redução mais forte, com a Selic caindo para 5% ao ano – o menor nível histórico. Assim, a percepção é de que o diferencial de juro interno e externo pode não ficar tão achatado como temiam os agentes financeiros.
No câmbio, o dólar recua ante o real, sintonizado ainda ao desempenho negativo predominante no exterior em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities. Internamente, há um compasso de espera permeado de otimismo, pela definição do segundo turno da reforma da Previdência no Senado na tarde desta terça-feira, 22.
Além disso, o fluxo de entrada pode estar positivo, disse o mesmo operador. O banco BMG e a varejista C&A precificam suas ofertas de ações nesta quinta-feira, dia 24.
Além disso, no exterior, há grande expectativa em torno da primeira votação do processo de tramitação do projeto de lei do Acordo de Retirada do Reino Unido da União Europeia (Brexit), na tarde desta terça. Por enquanto, o dólar mostra sinais mistos, próximos da estabilidade, em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities, enquanto o índice DXY mostrava alta de 0,18%, em 97.500 pontos.
Às 9h41 desta terça, o dólar à vista recuava 0,75%, em R$ 4,0997. O dólar futuro de novembro caía 0,71% no mesmo horário, a R$ 4,1030.