O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,17% em março, a mesma variação apurada em fevereiro, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 2. Com esse resultado, o indicador acumula avanço de 1,03% no ano e 2,76% em 12 meses, taxa mais baixa que a encontrada no mesmo período finalizado em fevereiro (3,07%).

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A alta observada em março ficou exatamente em linha com a média e a mediana da pesquisa do Projeções Broadcast, que tinha intervalo de 0,12% a 0,20%.

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Frente à terceira quadrissemana de março, o indicador acelerou da variação de 0,14% encontrada naquela oportunidade. Nesta base de comparação, quatro das oito classes de despesas avançaram: Habitação (0,17% para 0,27%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,34% para 0,42%), Educação, Leitura e Recreação (-0,20% para -0,09%) e Comunicação (-0,17% para -0,09%).

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O grupo de Vestuário manteve a mesma taxa de variação apresentada na leitura anterior, de 0,57%.

Já os segmentos que registraram desaceleração entre a terceira e a quarta quadrissemana de março foram Alimentação (0,01% para -0,02%), Transportes (0,30% para 0,23%) e Despesas Diversas (0,08% para 0,05%).

Grupos

O avanço do IPC-S da terceira quadrissemana de março para a última leitura do mês (0,14% para 0,17%) teve como principal contribuição a alta do grupo Habitação (0,17% para 0,27%), segundo a FGV. Dentro do segmento, o principal destaque é tarifa de eletricidade residencial (0,91% para 1,19%), que sobe pressionada pelos reajustes em algumas distribuidoras. Em fevereiro, o IPC-S também havia subido 0,17%.

Dentre os outros grupos que registraram aceleração entre a terceira e a quarta quadrissemana de março, a FGV destaca o comportamento de artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,27% para 0,24%) em Saúde e Cuidados Pessoais; show musical (0,58% para 0,79%) no segmento de Educação, Leitura e Recreação; e pacotes de telefonia fixa e internet (0,23% para 0,52%) em Comunicação.

Por outro lado, Alimentação voltou a recuar sob a influência do arrefecimento de hortaliças e legumes (1,82% para 0,39%). A gasolina (0,08% para -0,27%), por sua vez, foi o principal motivo para a desaceleração de Transportes e o alívio em clínica veterinária (0,70% para 0,47%) contribuiu para o arrefecimento em Despesas Diversas (0,08% para 0,05%).

Em Vestuário, que manteve a mesma taxa de variação (0,57%), o item roupas (0,75% para 0,82%) exerceu a principal pressão de alta, enquanto calçados (0,68% para 0,30%) contribuiu para baixo.

Principais influências

Segundo a FGV, entre os itens que mais contribuíram para a aceleração do indicador estão, além de energia elétrica, plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), mamão papaia (14,81% para 27,16%), refeições em bares e restaurantes (0,30% para 0,36%) e tarifa de ônibus urbano (0,58% para 0,73%).

Já entre as maiores influências individuais de baixa estão, além de gasolina, passagem aérea (mesmo com a deflação menor, de -9,13% para -8,82%), frango em pedaços (-2,25% para -3,61%), carne moída (-2,10% para -3,00%) e tarifa de táxi (-1,74% para -2,01%).