O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apurou em dezembro do ano passado elevação de 0,70%, próxima daquela registrada na terceira prévia do mês, de 0,69%. Com este resultado, o índice registrou a maior taxa de variação desde a primeira semana de fevereiro de 2007, que foi de 0,72%, observou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em nota em sua página eletrônica. Em 2007 todo, o indicador acumulou alta de 4,60%.
Tiveram crescimento mais marcado no final de dezembro os grupos educação, leitura e recreação (0,18% para 0,27%), saúde e cuidados pessoais (0,22% para 0,28%) e transportes (0,92% para 0,97%). Habitação deixou para trás uma baixa de 0,04% para um acréscimo de 0,02% por causa de uma queda menos intensa na tarifa de eletricidade residencial.
Alimentação subiu 1,69%, mas o avanço foi menos expressivo do que o registrado na terceira medição de dezembro, de 1,74%. Essa redução no ritmo de crescimento foi associada com a diminuição nos preços das hortaliças e legumes.
Despesas diversas viram ampliação de 0,59%, frente a uma alta de 0,81% no terceiro levantamento de dezembro. Mesmo comportamento foi apurado por vestuário (0,75% para 0,67%).
Em 2007 completo, alimentação expandiu-se 10,65%, saúde e cuidados pessoais aumentaram 4,18%, educação, leitura e recreação registraram incremento de 3,94% e despesas diversas subiram 3,94%. Com alta acima de 1% apareceram habitação (1,97%) e transportes (1,35%). Vestuário viu acréscimo de 0,99%.
Segundo o coordenador nacional do índice, Paulo Picchetti, ?se olharmos os sete grupos grandes que analisamos em 2007, a maioria ficou estável ou teve desaceleração em relação a 2006. A exceção foi alimentação?, disse ele, classificando o comportamento dos itens do grupo como uma correção dos valores praticados anteriormente. ?Interpreto todo este movimento como um grande ajuste de preços relativos, com várias trajetórias diferentes dentro de cada item?, acrescentou.