São Paulo (AG) – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de São Paulo, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou em maio uma inflação de 0,35%, abaixo de 0,50% da prévia anterior e de 0,83% do mês de abril. É a menor taxa mensal desde setembro do ano passado, quando ficou em 0,21%. Considerando somente as quadrissemanas, a taxa é a menor desde outubro de 2004 (0,27%).
O grupo que apresentou maior alta de preços foi saúde (0,84%), ainda influenciado pelo reajuste dos medicamentos. Em seguida vieram: alimentação (0,68%); despesas pessoais (0,57%); vestuário (0,38%); habitação (0,14%); educação (0,08%) e transportes (0,01%). Em maio, a inflação ficou ainda menor do que a previsão inicial do coordenador do IPC, Paulo Picchetti, de 0,45%. Segundo o economista, isso ocorreu porque houve uma queda acima do esperado do preço dos combustíveis e dos ?in natura?.
?Os preços dos combustíveis puxaram o IPC para baixo. O preço do álcool chegou a cair em maio 10,51%. O da gasolina teve redução de 0,94%. Eu esperava queda de 4% para o álcool e manutenção do preço da gasolina. O preço do álcool caiu com o aumento da oferta, por conta da safra. A mistura do álcool na gasolina fez o preço da gasolina cair?, afirmou Picchetti.
No acumulado deste ano, até maio, o IPC apresenta alta de 2,92%. A inflação, no entanto, vem desacelerando em São Paulo desde a terceira semana de abril. Em junho, a inflação em São Paulo deve chegar a 0,40%, segundo Picchetti. O coordenador do índice disse que não haverá em junho muita pressão das tarifas.
A chuva da semana passada em São Paulo, pelo menos até agora, não influenciou os preços dos alimentos. A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) teve um grande prejuízo depois que as águas do Rio Pinheiros invadiram o prédio, estragando toneladas de alimentos. Os administradores disseram que os preços não deveriam subir e que qualquer alta poderia ser pura especulação.
O coordenador do índice explicou que haverá neste ano uma inversão da tendência de inflação. Normalmente, há uma maior pressão no segundo semestre.