A inflação no município de São Paulo ficou em 0,77% na primeira quadrissemana de junho (período de 30 dias terminado em 7/6), segundo dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP). A taxa é maior – mais que o dobro – da registrada em igual período do ano passado (+0,36%). É também a mais alta desde a segunda quadrissemana de outubro (+0,78%). Nos últimos 30 dias, dos sete grupos que compõem a pesquisa da Fipe, as maiores altas ficaram com Transportes (1,51%) e Alimentação (1,31%).

Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: Habitação (0,41%); Despesas Pessoais (0,39%); Saúde (0,32%); Vestuário (0,51%); e Educação (0,01%).

Na previsão do coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, a inflação de junho em São Paulo deve ficar próxima de 0,50%. Em maio, o índice fechado atingiu 0,57%.

Segundo o economista, o aumento de 1,5% no preço da gasolina e de aproximadamente 12% no álcool combustível devem contribuir com 0,10 ponto percentual na inflação de São Paulo em junho.

Além disso, ele espera um impacto de 0,06 ponto percentual na taxa do mês, por conta de reajustes em planos de assistência médica.

“A grande incógnita do mês é a gasolina”, disse ele, por causa do preço do petróleo no mercado internacional, que pode levar a novos reajustes no preço dos combustíveis no Brasil.

Para Picchetti, um aumento de 10% na gasolina teria impacto imediato de 0,25 ponto percentual no IPC-Fipe. Já um reajuste de 15% contribuiria com 0,37 ponto na taxa e de 20%, com 0,49 ponto percentual.

A Fipe calcula a inflação para as famílias residentes no município de São Paulo com renda entre 1 e 20 salários mínimos.

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