A inflação percebida por famílias de baixa renda perdeu força entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano. É o que mostrou o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 – (IPC-C1), apurado entre famílias com renda mensal até 2,5 salários mínimos, e que subiu 0,86% em janeiro, contra 1% em dezembro.
No acumulado em 12 meses até janeiro, a inflação entre os mais pobres acumula alta de 5,43%, mais fraca do que a apurada entre famílias mais ricas, pesquisadas no Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR) – que abrange famílias de até 33 salários mínimos mensais -, com avanço de 5,88% no período. No entanto, a taxa do IPC-C1 de janeiro ficou acima do IPC-BR para o mesmo mês (0,81%).
Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram desacelerações ou quedas de preços em suas taxas de variação de preços, de dezembro para janeiro. É o caso de Alimentação (de 1,74% para 0,58%), Habitação (de 0,42% para 0,38%), Vestuário (de 1,51% para -0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,79% para 0,24%).
Em contrapartida, houve taxas expressivas de inflação, no período, em Educação, Leitura e Recreação (de 0,77% para 3,54%), Transportes (de 0,00% para 3,25%) e Despesas Diversas (de 0,21% para 0,29%).
Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas elevações de preços percebida por famílias de baixa renda em janeiro foram detectadas em tarifa de ônibus urbano (3,60%); batata-inglesa (13,44%); e tomate (10,86%). Já as mais expressivas quedas foram registradas em limão (-33,42%); pão francês (-1,88%); e leite tipo longa vida (-1,83%).