Investimento geral cresceu 15% no ano de 2008

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (4), ao abrir o balanço de dois anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que os investimentos gerais em 2008 tiveram uma expansão de 15% sobre o ano anterior. O ministro disse que o País vinha crescendo pouco até 2006, quando o PAC foi lançado, e que depois disso, passou a ter uma expansão mais expressiva, impulsionada pelo investimento.

Segundo o ministro, antes de 2006 os investimentos apresentavam um crescimento da ordem de 4% a 5% ao ano e que, após o lançamento do PAC, passou a registrar uma expansão de 10% em média. “O PAC é a mola mestra da economia”, disse Mantega, em sua exposição realizada no Palácio do Planalto.

Os investimentos, segundo Mantega, foram estimulados pela evolução da demanda doméstica, que teve um avanço de 14% em 2008, na comparação com 2007. Ele lembrou que em 2006 esse ritmo foi de apenas 6%. “Ampliamos a capacidade de consumo brasileiro”, afirmou.

Economia

Mantega disse ainda que o Brasil conquistou a confiança internacional e o reconhecimento do País como sólido, tanto que recebeu US$ 45 bilhões em investimentos estrangeiros diretos (IED) em 2008, ano de agravamento da crise financeira internacional. “O Brasil talvez seja hoje uma das economias mais promissoras”, afirmou.

Segundo Mantega, o PAC colocou o País em condições bem mais favoráveis para enfrentar a crise. “Se não tivéssemos lançado o PAC em 2007, teríamos dificuldades agora”, afirmou Mantega, explicando que a crise levou muitos países a lançarem programas de investimentos semelhantes ao PAC.

Mantega afirmou que o PAC promoveu uma elevação no ritmo de crescimento da economia brasileira, permitindo, entre outras coisas, a acumulação de reservas internacionais e a redução da vulnerabilidade externa do País. Essa menor vulnerabilidade permitiu que, em quatro meses de crise, o País não tivesse uma perda maciça de reservas internacionais, como ocorreu em outras nações. “Nós passamos por essa fase mantendo as reservas praticamente intactas”, declarou.

O ministro destacou que o governo vai continuar ampliando os investimentos públicos, que, segundo ele, vão chegar a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, ante 1% do PIB em 2008.

Ele informou também que os investimentos da Petrobras nos projetos da empresa incluídos no PAC passarão de 1,1% do PIB em 2008 para 1,4% do PIB em 2009. “O PAC vai manter a trajetória de crescimento dos investimentos”, disse Mantega, lembrando que o volume investido pelo governo em 2003 era aproximadamente três vezes menor do que o verificado em 2008.

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