O menor apetite por projetos de alguns setores da indústria e o segmento de serviços geraram a queda do volume de investimentos produtivos para o Brasil no ano passado. Essa é a explicação da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) que classificou a retração de 1,9% no IED (Investimento Estrangeiro Direto) ao País em 2013 como “ligeira diminuição” dos fluxos. No relatório “World Investment Report”, a entidade ligada às Nações Unidas diz que a queda dos investimentos para a indústria manufatureira e o setor de serviços foram os responsáveis pela contração do fluxo total ao País. “Isso impôs a diminuição global do investimento”, explica o texto.

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A desaceleração dos investimentos no varejo recebeu atenção especial da Unctad. “As estratégias de internacionalização ficaram mais seletivas: alguns dos maiores varejistas do mundo desaceleraram a expansão em alguns grandes mercados, como o Brasil e a China, e passaram a dar mais atenção a outros locais com grande potencial de crescimento, como a África subsaariana”, destaca. A entidade cita a norte-americana Walmart e a francesa Carrefour como exemplos de varejistas que mudaram o foco nos mercados emergentes.

A entidade minimizou a queda do volume para o Brasil. Um dos argumentos é que “aumentou consideravelmente” o investimento produtivo para setores manufatureiros específicos, como as montadoras de veículos, indústria de eletrônicos e bebidas. Além disso, houve forte alta de 86% nos fluxos destinados ao setor primário.

Mundo

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A recuperação da atividade econômica alavancou o investimento estrangeiro direto ao redor do planeta. Pesquisa da Unctad mostra que o total de investimento produtivo no mundo somou US$ 1,451 trilhão em 2013, cifra 9,1% maior que a registrada em 2012. Economias desenvolvidas, como os Estados Unidos e Alemanha, lideraram a atração de recursos. A entidade diz que há “otimismo cauteloso” com a recuperação do fluxo de investimentos.

O fluxo de investimento produtivo acompanhou a recuperação da atividade econômica em países desenvolvidos e o total de IED para esses mercados cresceu 9,5% no ano, para US$ 565,6 bilhões.

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Para os EUA, por exemplo, o total alocado aumentou 16,8%, para US$ 187,5 bilhões. Para a União Europeia, a alta foi de 14% (US$ 246,2 bilhões), sendo que a austera Alemanha viu o IED saltar 102,4% (US$ 26,7 bilhões). A recuperação dos fluxos poderia ter sido maior. O relatório cita que o volume de fusões e aquisições, por exemplo, frustrou expectativas. As informações do jornal O Estado de S. Paulo.