Os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 207 milhões em maio, o menor valor desde junho de 2003, quando totalizaram US$ 186 milhões. Nos cinco primeiros meses deste ano, os investimentos somaram US$ 3,307 bilhões.
A queda no fluxo de investimentos diretos neste ano levou o Banco Central a rever para baixo a previsão para ingressos de investimentos no País neste ano. De acordo com as novas projeções, o BC espera investimentos diretos da ordem de US$ 12 bilhões, e não mais de US$ 13 bilhões.
Mesmo com a revisão da estimativa, o BC ainda está mais otimista que o mercado financeiro. De acordo com o Relatório de Mercado divulgado pelo próprio BC nesta semana, os agentes do mercado financeiro projetam investimentos para 2004 da ordem de US$ 10,62 bilhões.
No fluxo de 12 meses, terminados em maio, os investimentos diretos somam US$ 10,136 bilhões, o equivalente a 1,95% do PIB (Produto Interno Bruto) do período.
Pessimismo
O mês de maio foi marcado por turbulências no mercado financeiro. Com a expectativa de uma breve alta de juros nos Estados Unidos, o dólar subiu e o crédito tornou-se mais caro para países emergentes.
Por isso, os investidores podem ter decidido esperar o fim da turbulência para tomarem decisões estratégicas ou para iniciarem a captação de recursos para os empreendimentos.
Entretanto, segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o que ocorreu foi uma única operação de retorno de investimento no mês que reduziu o resultado líquido dos investimentos.
De acordo com ele, uma empresa do setor agropecuário realizou uma operação de retorno de empréstimo intercompanhia, no valor de US$ 351 milhões, no final de maio, o que afetou todo o resultado do mês.
Junho
Em junho, os investimentos estrangeiros diretos devem voltar a fluir para o País, totalizando US$ 700 milhões. Essa é a previsão do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, que informou que, neste mês, até ontem, os investimentos diretos somam US$ 515 milhões.