Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,306 bilhões em setembro, informou nesta quinta-feira, 24, o Banco Central (BC). O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 3,9 bilhões a US$ 7,5 bilhões, com mediana de US$ 4,843 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de setembro indicaria entrada de US$ 4,0 bilhões.

continua após a publicidade

No acumulado do ano até setembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 47,519 bilhões. A estimativa do BC para este ano, atualizada em setembro, é de IDP de US$ 75,0 bilhões em 2019.

No acumulado dos 12 meses até setembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 70,382 bilhões, o que representa 3,85% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

continua após a publicidade

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 651 milhões em setembro, informou o BC. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 1,754 bilhão.

No acumulado do ano até setembro, o saldo ficou negativo em US$ 2,591 bilhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado de ações será zero em 2019. Esta projeção considera as ações negociadas em bolsas brasileiras e no exterior e os fundos.

continua após a publicidade

O investimento em fundos de investimentos no Brasil ficou negativo em US$ 829 milhões em setembro. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido negativo em US$ 927 milhões. No acumulado do ano, houve aportes de US$ 1,467 bilhão dos fundos de investimentos.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 3,434 bilhões em setembro. No mesmo mês do ano passado, havia ficado negativo em US$ 774 milhões.

No ano, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 4,642 bilhões. Para 2019, a estimativa do BC é de entradas de US$ 12,0 bilhões nas operações com renda fixa.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou também que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 146% em setembro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais que suficiente para rolar compromissos das empresas no período.

O resultado ficou acima do verificado em setembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 114%.

De acordo com os números apresentados hoje pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 297% em setembro. Em igual mês de 2018, havia sido de 22%. Já os empréstimos diretos atingiram 111% no mês passado, ante 173% de setembro do ano anterior.

No ano até setembro, a taxa de rolagem total ficou em 110%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 48% e os empréstimos diretos, de 155% no período. O BC estima taxa de rolagem de 100% para 2019.