Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 5,138 bilhões em agosto, informou nesta terça-feira, 26, o Banco Central (BC), por meio da Nota do Setor Externo à imprensa. O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 3,600 bilhões a US$ 7,200 bilhões, mas abaixo da mediana de US$ 6,500 bilhões.

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Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de agosto indicaria entrada de US$ 6,500 bilhões.

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No acumulado de 2017 até agosto, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 45,543 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano, atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) da semana passada, é de US$ 75,0 bilhões de IDP. Para 2018, a expectativa é de US$ 80,0 bilhões.

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No acumulado dos 12 meses até agosto deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 82,470 bilhões, o que representa 4,18% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 1,234 bilhão em agosto, informou o BC. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 1,511 bilhão.

No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 2,258 bilhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será positivo em US$ 3,0 bilhões em 2017.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 622 milhões em agosto e negativo em US$ 748 milhões no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017 e 2018, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa.

Em agosto do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 3,834 bilhões e, no acumulado de janeiro a agosto de 2016, negativas em US$ 15,551 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no ano passado.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 69% em agosto. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou abaixo do verificado em agosto do ano passado, quando a taxa havia sido de 192%.

De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de “bônus, notes e commercial papers”, ficou em 43% em agosto. Em igual mês de 2016, havia sido de 30%. Já os empréstimos diretos atingiram 74% no mês passado, ante 236% em agosto do ano anterior.

No acumulado de 2017 até agosto, a taxa de rolagem total ficou em 92%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 112% e os empréstimos diretos, de 88% no período. O BC estima taxa de rolagem de 100% para 2017 e 2018.