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Investimento cai 3,1% no 3º trimestre ante 2º trimestre, diz IBGE

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 3,1% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quarta-feira, 30, os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.

Na comparação com o terceiro trimestre de 2015, a FBCF mostrou queda de 8,4%. Ainda segundo o instituto, a taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 16,5% no terceiro trimestre de 2016.

A FBCF é a operação do Contas Nacionais que registra a ampliação da capacidade produtiva futura de uma economia por meio de investimentos correntes em ativos fixos, ou seja, bens produzidos factíveis de utilização repetida e contínua em outros processos produtivos por tempo superior a um ano sem, no entanto, serem efetivamente consumidos pelos mesmos.

Influências

A queda de 3,1% dos investimentos na margem, após um suspiro de 0,5% no segundo trimestre do ano, foi bastante influenciada pela diminuição das importações de bens de capital, afetada pela fraca economia doméstica, explicou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

“É por causa da economia mesmo. A gente teve também no terceiro trimestre um aumento nos juros reais. Como os bens de capital têm bastante financiamento, são afetados pelo aumento dos juros reais”, disse Rebeca, lembrando que o Comitê de Política Monetária (Copom), só voltou a reduzir a taxa básica de juros em outubro, já no quarto trimestre.

A indústria, que também havia respirado no segundo trimestre, dessa vez amargou queda de 1,3%. A exceção foi a indústria extrativa mineral, mas puxada por petróleo e gás já que, segundo o IBGE, a extração de minério de ferro vem caindo desde o acidente da Samarco em Mariana (MG), em novembro do ano passado.

Segundo Rebeca, as paradas para manutenção em plataformas de petróleo no primeiro semestre acabou favorecendo a comparação do terceiro trimestre em relação ao trimestre imediatamente anterior, impulsionando a alta de 3,8% da indústria extrativa nessa comparação.

Construção

A construção mostrou a maior queda, de 4,9%, dentro do PIB da indústria no terceiro trimestre, ante o terceiro trimestre de 2015, segundo os dados das Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas IBGE. A indústria de transformação caiu 3,5% ante o terceiro trimestre de 2015, enquanto a extrativa mineral encolheu 1,3% no período.

Já a produção e distribuição de eletricidade, gás e água foi a única a escapar do negativo, com avanço de 4,3% no terceiro trimestre de 2016 ante o terceiro trimestre de 2015. O PIB da indústria encolheu 2,9% no período.

Taxa de poupança

A taxa de poupança da economia brasileira ficou em 15,1% no terceiro trimestre de 2016, informou IBGE. É a menor taxa de poupança para terceiros trimestres da série histórica, iniciada em 2010 para essa taxa.

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