Com a maior inserção do Brasil no mercado internacional, as empresas brasileiras e pessoas físicas residentes no País mais do que duplicaram o seu patrimônio no exterior. Entre 2001 e 2006, esses investimentos saltaram de US$ 68,59 bilhões para US$ 152,21 bilhões. Um crescimento de 121,9% no período, de acordo com censo dos capitais brasileiros no exterior, divulgado pelo Banco Central. De 2005 para 2006, o estoque de ativos cresceu 36,2%.
O mapeamento é feito com base na declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), que obrigatoriamente é enviada todos os anos pelas empresas e pessoas físicas que têm ativos no exterior acima de US$ 100 mil. O levantamento começou a ser feito em 2001 e serve para calcular a Posição Internacional de Investimento, indicador econômico auxiliar na formulação de política econômica.
O avanço na participação de empresas brasileiras no exterior é uma tendência que se manteve nos últimos seis anos, desde o início do levantamento.
O levantamento divulgado hoje pelo BC destaca que tem ocorrido estabilidade no destino de capitais brasileiros em paraísos fiscais, principalmente para as Ilhas Cayman, para as Ilhas Virgens Britânicas e para as Bahamas. Os Estados Unidos também continuaram como destaque no destino de capitais brasileiros. A partir de 2004, a Dinamarca juntou-se ao grupo dos maiores receptores de investimento direto. "Em 2006, Bermudas e a própria Dinamarca ganharam importância como destino inicial de investimentos diretos de residentes no país", ressalta o estudo.