Investidor retorna e Bovespa sobe de novo

O interesse de investidores estrangeiros por ações de empresas brasileiras continua sustentando o movimento positivo no mercado acionário paulista. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou ontem sua terceira alta seguida ao fechar com valorização de 1,25%, aos 25.855 pontos.

Nos primeiros oito dias úteis de julho, os estrangeiros trouxeram R$ 654,020 milhões para a Bolsa paulista, quase o dobro do saldo de investimentos externos registrado em junho (R$ 354,2 milhões). Em março, abril e maio, os estrangeiros haviam tirado da Bovespa mais de R$ 4 bilhões.

O volume financeiro de negócios realizado ontem na Bolsa de Valores de São Paulo somou R$ 1,671 bilhão.

Nos EUA, depois de registrar instabilidade durante o dia, o mercado acionário fechou em alta. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 0,41%. A Bolsa eletrônica Nasdaq fechou com leve valorização de 0,04%.

Os setores de energia elétrica, siderurgia e telefonia tiveram destaque ontem no Ibovespa – principal índice da Bolsa paulista, composto por 55 ações. A maior alta foi da ação ordinária da Tractebel, de 9,39%. As preferenciais da Companhia Siderúrgica Tubarão e da Tele Leste Celular avançaram 7,69% e 5,83%, respectivamente.

Dólar

O dólar subiu 0,55% ontem e fechou a R$ 2,355, depois de recuar 0,42% ao longo do dia. Segundo analistas, a alta da moeda foi puxada por compras realizadas por tesourarias de bancos, inclusive do Banco do Brasil. Especula-se no mercado até que o BB tenha comprado dólares para o Tesouro Nacional.

?Não vimos mudança significativa nas operações da instituição que pudesse explicar a sustentação que o dólar encontra desde anteontem. Mesmo assim, os rumores fazem com que algumas tesourarias entrem comprando?, avalia a diretora da corretora AGK, Miriam Tavares.

O movimento de alta do dólar no Brasil acompanhou o avanço da moeda norte-americana em relação a outras divisas, como o euro. Na avaliação de profissionais do mercado, a alta externa do dólar se deve a dados melhores em relação ao déficit comercial dos EUA.

O déficit no comércio exterior de bens e serviços dos EUA caiu 2,8% em maio e ficou em US$ 55,349 bilhões, informou ontem o Departamento de Comércio norte-americano.

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