Enquanto o governo se esforça para reduzir a parcela dos títulos indexados à taxa básica de juros (Selic) na dívida pública, investidores pessoas físicas já começam a abandonar essas aplicações.
No Tesouro Direto, que permite a compra direta de títulos do governo federal pela internet, a participação dos papéis corrigidos pela Selic caiu pela metade em seis anos, para 13% do total, menor porcentual desde 2002.
As pessoas que aplicam por fundos de investimento também têm preferido a renda fixa – que representa hoje um terço das aplicações – e os fundos DI, cuja participação caiu de 18% para menos de 12% no mesmo período, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Essa mudança, segundo especialistas, pode ser explicada pela busca por uma remuneração maior em um período em que os juros caíram, a economia se estabilizou, mas a inflação ainda corrói o ganho real dos poupadores.
O título vendido a pessoas físicas que acompanha a Selic é a chamada LFT. O investidor compra o papel e o valor é corrigido diariamente pela taxa básica, hoje de 10,5% ao ano.
Em 2011, a rentabilidade desses papéis foi de 11,7%, abaixo da verificada nos títulos prefixados (14,6%) e nos indexados à inflação (15,3%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.