Os preços internacionais do açúcar demerara tendem a iniciar uma firme trajetória de alta a partir de julho, avaliou nesta quarta-feira o consultor de gerenciamento de risco da INTL FCStone, Bruno Lima. Conforme ele, a partir de julho – e até setembro – será possível avaliar com mais clareza a possível quebra de safra no País por conta da estiagem no início do ano. “Muito se fala, mas pouco ainda se viu”, disse ele em palestra durante o seminário “Cenários e Perspectivas para os Mercados de Açúcar, Etanol e Energia – Safra 2014/15” promovido pela Guarani, do Grupo Tereos.

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Além disso, são grandes as chances de ocorrência de El Niño, fenômeno climático que provoca chuvas acima do normal no Centro-Sul, principal região produtora brasileira. O excesso de umidade atrapalha a colheita, com impacto direto na produção de açúcar. Atualmente, os futuros da commodity têm oscilado entre 17 centavos e 18 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York.

Para Lima, no segundo semestre a tendência é de preços firmes, porque há sinais de fortalecimento da demanda, principalmente por parte da China e da Indonésia. Além disso, o mercado deve começar a precificar no segundo semestre um provável déficit global de açúcar em 2015, tendo em vista a menor produção no Brasil.

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