Intercâmbio leva estudantes para trabalhar nos EUA

Passar quatro meses nos Estados Unidos, trabalhando e conhecendo outra cultura, outras pessoas e ainda com a possibilidade de aperfeiçoar o idioma é a proposta do True – Trabalho Remunerado a Estudantes Universitários – criado pela World Study. Duas vezes por ano, a agência leva estudantes brasileiros para os mais diferentes pontos dos Estados Unidos para viver a experiência única. Em Curitiba, o recrutamento aconteceu ontem, na sede do Interamericano, no bairro Portão.

De acordo com Marcelo de Araújo Cansini, diretor-regional do World Study, a agência manda cerca de 1,2 mil estudantes brasileiros para os EUA por ano. Em meados de novembro a dezembro, estima-se que cerca de 130 paranaenses estejam embarcando. Nos EUA, eles estarão atuando nos mais diversos ramos, principalmente ligados ao turismo – hotelaria, gastronomia (restaurantes e lanchonetes), parques temáticos, supermercados. As posições de trabalho também são variadas, e incluem garçom, manobrista, recepcionista de hotel, caixa de fast-food, camareira, balconista.

“A gente tenta selecionar por habilidades físicas, comunicação, atitude”, conta Marcelo. Os salários das funções variam entre US$ 6 e US$ 8/ hora, o que resulta em uma média de US$ 800 a US$ 1,5 mil por mês. As despesas – incluindo acomodação e alimentação -, segundo Marcelo, são de cerca de US$ 500 mensais.

Podem participar do intercâmbio estudantes universitários ou de pós-graduação com idade entre 18 e 28 anos, que tenham inglês fluente. É cobrada taxa de US$ 1,9 mil, que inclui passagem aérea, seguro e colocação no emprego.

Experiência de vida

Para Marcelo, participar do intercâmbio traz uma série de benefícios ao estudante. “O que os leva a escolher este tipo de programa é a possibilidade de viver o diferente, para se preparar mais para a vida profissional”, acredita. Além disso, os participantes – a maioria de classe média ou média alta – passam a ter, segundo Marcelo, “atitude mais positiva, ser mais flexivo, conectado com a realidade.”

Foi na tentativa de buscar uma experiência nova que Giorgio Zonta, 24, recém-formado em Engenharia Elétrica, embarcou para os Estados Unidos em novembro do ano passado. Foi lavador de pratos em um parque turístico da Califórnia, onde trabalhava oito horas por dia. “Mas já cheguei a trabalhar 16”, lembra. Na bagagem, Giorgio diz que trouxe a experiência de vida mais independente. “A gente aprende a se virar, ficar sozinho, lidar com a saudade”, conta.

Para Camila Garcia, 19, estudante do segundo ano de Publicidade e Propaganda, que embarca provavelmente para a Califórnia em dezembro, o começo pode ser difícil, já que nunca trabalhou. “Mas com o tempo vou aprender a gostar, vou ter que me virar sozinha.” Na Califórnia, Camila deverá trabalhar como balconista em uma loja de skis, ou lidará com crianças, no Diamond Peak Ski Resort.

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