O Indicador de Investimento da Indústria, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), subiu 0,6 ponto no segundo trimestre deste ano, em relação ao trimestre imediatamente anterior. Com o resultado, o índice atingiu 82,5 pontos, após alcançar o menor nível da série histórica (81,9 pontos) no primeiro trimestre deste ano.
“Embora discreta, essa foi a primeira alta do indicador desde o terceiro trimestre de 2013, o que é uma boa notícia. Assim como ocorre com os indicadores de confiança, o resultado sugere que as taxas de crescimento do investimento já passaram por seu pior momento e podem, gradualmente, se tornar menos negativas daqui por diante”, afirmou o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Ibre/FGV, Aloisio Campelo, em comunicado.
Segundo a sondagem, 16,2% das empresas pesquisadas informaram que, nos próximos 12 meses, planejam ampliar seus programas de investimento. No segundo trimestre do ano passado, eram 19,8% e, no primeiro trimestre deste ano, 16,7%.
Já a parcela das indústrias que pretende reduzir os investimentos nos próximos 12 meses passou a 33,7% no segundo trimestre deste ano, em comparação a 27,7% em igual período do ano passado e 34,8% no primeiro trimestre.
A FGV informa ainda que há mais empresas incertas sobre a realização dos seus programas investimento nos próximos 12 meses, 39,1%, do que certas, 31,8%. Com isso, o saldo do indicador de “grau de certeza dos planos de investimento” é de -7,3 pontos. “O resultado decorre das incertezas em relação aos cenários econômicos e políticos do País, e lança dúvidas quanto à efetiva evolução dos investimentos planejados nos próximos meses”, informou a FGV.
A Sondagem de Investimentos é um levantamento estatístico trimestral que fornece sinalizações sobre o rumo dos investimentos produtivos no setor industrial. A coleta de dados para a sondagem divulgada hoje ocorreu entre 4 de abril e 31 de maio. Foram ouvidas 784 empresas.