A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 2,3% em maio ante abril, para 122,4 pontos, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quinta-feira, 22. Em relação a maio de 2013, houve recuo de 4,2%. O resultado derrubou o indicador ao pior nível de toda a série histórica, iniciada em 2011.

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“A inflação pressionada, principalmente de serviços e de alimentos, os juros altos e as incertezas sobre o futuro próximo mantiveram o ritmo da intenção de consumo em queda”, justificou a CNC. A Confederação ponderou, contudo, que o índice se mantém acima dos 100 pontos, o que indica nível ainda favorável.

Segundo a CNC, a queda na intenção de consumo das famílias foi influenciada pelo recuo, tanto na comparação mensal quanto anual, de todos os componentes da pesquisa. Os que apresentaram maior retração foram Momento para Duráveis, Perspectiva Profissional e Perspectiva de Consumo.

O item Momento para Duráveis foi o mais prejudicado nesta conjuntura, com queda de 4,9% na comparação com abril e retração de 13,6% em relação a maio de 2013. “O cenário de pessimismo causado pelas inseguranças até o final do ano e o elevado nível de endividamento combinado com a tendência de alta da taxa básica de juros vêm desaquecendo o consumo”, observou a CNC.

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O componente Nível de Consumo Atual também alcançou em maio o menor resultado da série (97,9 pontos), após queda de 0,4% em relação a abril e de 2,6% em relação a igual período do ano passado. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo igual ao do ano passado (36,6%).

Diante das condições atuais e da perspectiva para o futuro da economia doméstica, a Divisão Econômica da CNC prevê expansão de 4,9% nas vendas do varejo em 2014. A projeção já havia sido ajustada após o resultado das vendas de março, quando houve retração de 0,5% no volume comercializado pelo varejo restrito (que não inclui automóveis e materiais de construção).

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