Depois de ensaiar uma recuperação nos dois últimos trimestres, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), voltou a cair. Em abril, alcançou 86,9 pontos, uma redução de 1,3% em relação ao mês anterior.
De acordo com a CNC, o Nível de Consumo Atual registrou aumento de 0,5% em relação ao mês passado, mas a variação foi influenciada por alguns subitens como a percepção das famílias quanto à perspectiva profissional e o momento para aquisição de duráveis, que registrou queda de 6,2%.
O indicador de perspectivas de mercado de trabalho reduziu 2,1%, na comparação com março, embora continue acima do que a CNC chama de zona de indiferença.
Já os indicadores de emprego atual e segurança em relação ao emprego se mantiveram praticamente estáveis, com variação de -0,5% e de -2pp, respectivamente.
Na comparação anual, todos os sub índices continuam registrando alta e o ICF geral subiu 11,7%.
Para o economista da CNC, Antonio Everton Chaves Junior, pode-se esperar que a ICF total se mantenha em crescimento ante os mesmos meses do ano passado.
No curto prazo, porém, poderá continuar apresentando oscilações por causa da lenta recuperação do mercado de trabalho e da cautela do consumidor quanto ao consumo.