A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), indicador calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou de 2,7% em fevereiro diante de janeiro deste ano, atingindo o maior patamar para fevereiro em quatro anos. Na comparação com fevereiro de 2018, a alta foi de 13,1%.
Segundo a CNC, as altas refletem um cenário econômico mais favorável neste início de 2019 na comparação com 2018. O ICF acumula alta de 8,0% no primeiro bimestre do ano, a maior combinação mensal de toda a série, iniciada em janeiro de 2010.
“O cenário de inflação baixa e de queda gradual do desemprego tem impulsionado o consumo das famílias nos últimos meses. Além disso, a sinalização de que os juros básicos deverão permanecer inalterados no curto prazo contribui para o resgate das condições de consumo a prazo”, diz um trecho da nota divulgada nesta quinta-feira, 21, pela CNC.
Conforme a CNC, pelo terceiro mês consecutivo, todos os componentes da pesquisa registraram taxas de variação positivas: Momento para Duráveis (+4,4%), Perspectiva de Consumo (+3,4%), Compra a Prazo (+3,0%) e Renda Atual (+2,8%) foram os subindicadores que mais impulsionaram o ICF.
Apesar da trajetória recente de alta, o ICF ainda permanece abaixo de 100 pontos – situação que perdura desde abril de 2015. Acima de 100 pontos, o indicador de confiança entra na “zona de otimismo”.
Conforme a CNC, o nível ainda baixo da confiança do consumidor é marcado pela maior insatisfação das famílias com ganhos até 10 salários mínimos (95,4 pontos). As famílias com rendimentos acima desta faixa de renda (113,7 pontos) ultrapassaram os 100 pontos desde novembro de 2018.
Mesmo com o nível ainda baixo, o quadro de 2019 é favorável, na visão da CNC. “A intenção de consumo das famílias deverá continuar evoluindo positivamente, superando as avaliações predominantemente pessimistas que perduraram nos últimos quatro anos”, diz outro trecho da nota da CNC.