O índice de consumidores que pretende adquirir bens duráveis ou semiduráveis no quarto trimestre deste ano atingiu o maior patamar desde 1999, quando o levantamento do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), passou a ser realizado. Segundo pesquisa divulgada hoje pela instituição, 77% dos consumidores na cidade de São Paulo devem ir às compras neste fim de ano. Foram consultadas 500 pessoas.

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Na comparação com o mesmo período de 2008, o índice apresentou um crescimento de 3,2 pontos porcentuais. Em relação ao terceiro trimestre deste ano, a alta foi de 2,8 pontos porcentuais. As maiores altas na intenção de compra em relação ao quarto trimestre de 2008 foram indetificadas nas categorias cine e foto (12,5%), linha branca (6,5%) e materiais de construção (5,3%). As maiores quedas ocorreram em automóveis (-3,2%) e informática (-3%).

O levantamento apontou ainda alta de 25,2% na intenção de gastos com eletroeletrônicos, ante o registrado no quarto trimestre de 2008. Os consumidores pretendem gastar neste fim de ano R$ 1,505 mil com produtos da categoria. Em seguida, aparecem a linha branca (fogões, geladeiras e lavadoras), com aumento de 14,9%, para R$ 1,290 mil, e eletroportáteis, com crescimento de 3,3%, para R$ 334. A intenção de gastos com produtos de informática subiu 3%, para R$ 1,443 mil.

Em contrapartida, a pesquisa constatou queda de 32,1% na intenção de gastos com móveis. Este ano, os consumidores estimam gastar em média R$ 1,142 mil com os produtos. Outras quedas foram constatadas em telefonia e celulares, com baixa de 22,5%, para R$ 325, e automóveis, com redução de 14,4% na intenção de compra, para R$ 16,667 mil.

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Na avaliação do Provar, a queda dos juros, a ampliação dos prazos médios de pagamento e a redução da inadimplência contribuíram para o índice recorde de intenção de compras no varejo neste trimestre.

Crédito

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A intenção na utilização do crediário para a aquisição de bens duráveis ou semiduráveis subiu em todas as categorias pesquisadas pelo Provar. Na linha branca, a participação do crediário na intenção das compras ficou em 77,6% no quarto trimestre, uma alta de 0,6 ponto porcentual em relação ao terceiro trimestre e de 1,5 ponto porcentual ante igual período do ano passado. Em materiais de construção, o uso do crédito deverá atingir 60%, o que representou um aumento de 0,5 ponto porcentual sobre o terceiro trimestre e de 2,1 pontos porcentuais na comparação com o mesmo período de 2008.

A única exceção na intenção de maior uso do crédito ocorreu com a compra de automóveis e motos, que ficou em 73,3% no quarto trimestre, ante 91,2% do terceiro trimestre e 87,1% do mesmo período do ano passado.