Os executivos da controladora da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa Holding) e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) enfatizaram a transparência que permeou o processo de integração das duas casas na Nova Bolsa, nome ainda é provisório para a nova empresa. O diretor geral da Bovespa, Gilberto Mifano, destacou que será criado um comitê de transição, composto pelo presidente e diretor geral de cada companhia, para comandar e decidir os passos importantes da integração. Em sua avaliação, o processo inteiro de integração deverá demorar de dois a três anos, "no máximo". As informações relevantes da união das duas bolsas serão divulgadas ao longo do processo, pois "não queremos provocar nenhuma intranqüilidade nos agentes de mercado".
A primeira tarefa do comitê de transição será definir o comando da Nova Bolsa, escolhendo os membros do Conselho de Administração da companhia e seus dirigentes. O Conselho deverá ter de 11 a 15 membros, todos indicados pelos conselhos atuais de cada uma das casas. Mifano destacou que o número de membros deverá ser par, para manter a igualdade entre as duas empresas na formação na nova companhia.
Após a aprovação da integração pelas assembléias gerais das duas bolsas, o comitê terá 60 dias para nomear o novo presidente e o novo diretor geral da companhia. Quanto ao nome definitivo da empresa, ele será decidido "o mais rápido possível", informou o diretor geral da BM&F, Edemir Pinto. O comitê de transição funcionará até 31 de dezembro deste ano.
Gilberto Mifano ressaltou que os gastos mais expressivos das duas bolsas estão concentrados em tecnologia, e é nesta área que há maior potencial de explorar sinergias. Com a união, segundo executivos das duas bolsas, espera-se alcançar economia de custos de 25% das despesas operacionais até 2010. No ano passado cada uma das bolsas teve gastos de R$ 250 milhões. Mas, de acordo com Mifano, outras vantagens serão identificadas ao longo do tempo, sob o ponto de vista de geração de receitas e criação de novos produtos, por exemplo.