Autoridades ambientais do Estado do Rio ordenaram que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) suspenda, “indefinidamente”, o trabalho de construção da usina de aços longos em Volta Redonda, alegando que a empresa não pagou uma multa no prazo estabelecido. A CSN concordou em pagar R$ 2,3 milhões (US$ 1,2 milhão) em compensação pelo impacto ambiental da expansão das operações em Volta Redonda, onde as importantes operações Presidente Vargas da companhia estão localizadas. Mas o prazo final do pagamento venceu, e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) obrigou a companhia a interromper os trabalhos na terça-feira (05).

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Dependendo do resultado, a situação poderá prolongar os atuais atrasos e os custos para pôr a nova fábrica em funcionamento. A empresa terá, provavelmente, de esperar até pelo menos segunda-feira, quando o conselho dos diretores do Inea deverá realizar a próxima reunião, afirmou uma porta-voz do órgão nesta quinta-feira, acrescentando que não tinha certeza se o caso da siderúrgica estava na agenda. Além do pagamento da multa, a CSN poderá enfrentar medidas punitivas antes ter permissão para retomar a construção. “Não há uma regra estabelecida para um caso como esse”, disse a porta-voz.

As emissões de construção e licenças forçaram a CSN a adiar o prazo do projeto de aços longos em várias ocasiões desde 2008, data estabelecida para o início das operações. A usina, que possui um alto-forno elétrico em arco e uma usina de rolagem de aço, terá capacidade para produzir 500 mil toneladas de produtos de aço longos por ano, principalmente para a indústria de construção.

A CSN espera agora concluir a usina no segundo semestre deste ano, afirmou a assessoria da companhia, que se recusou a comentar a disputa com o Inea. O investimento total no projeto é estimado em R$ 1,2 bilhão, do qual R$ 1 bilhão foi aplicado, de acordo com uma apresentação da CSN em fevereiro.

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A CSN produz, principalmente, produtos de aço planos, como bobinas e chapas, para os quais a concorrência se tornou acirrada nos últimos anos. Os analistas, geralmente, têm uma visão mais positiva sobre a perspectiva para produtores de aço longo, como a brasileira Gerdau. As informações são da Dow Jones.