Toma posse, hoje, a nova diretoria do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) para o biênio 2007-2009. O presidente reeleito do IEP, Luiz Cláudio Mehl, diz que o órgão vai começar a discutir questões importantes para o Estado e buscar soluções técnicas viáveis. Entre elas, a adoção de medidas para tornar o Porto de Paranaguá mais competitivo e a viabilidade de recuperar estradas antigas para substituir as rodovias pedagiadas, apresentada pelo governo do estado na semana passada.
O presidente do IEP está reassumindo o cargo e tudo indica que vai ter muito trabalho à frente da instituição que reúne 4.500 engenheiros. Segundo ele, o instituto está pronto para começar a discutir questões importantes para o Paraná e oferecer ajuda técnica contribuindo para o desenvolvimento do Estado.
Em janeiro, foi assinado um convênio com o Conselho Regional Engenharia e Arquitetura (Crea) e outras onze entidades para debater diverso assuntos. Em dois meses, as primeiras idéias para tornar o Porto de Paranaguá mais competitivo devem ser apresentadas. ?Não será um debate político, mas técnico?, explica.
A viabilidade da iniciativa do governo do Estado de recuperar estradas antigas para que sejam usadas como uma alternativa às vias pedagiadas, também estará na agenda de debates. Mehl comenta que estas rodovias foram construídas para suportar caminhões com cargas mais leves do os que circulam hoje, e a recuperação sairia muito caro. Sem falar no traçados e curvaturas feitas para atender às necessidades da época.
Mehl diz ainda que o instituto está vendo com reservas o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo governo federal. Segundo ele, há alguns projetos que já deveriam ter saído do papel há 10 anos, como a ampliação do Aeroporto Internacional Afonso Pena e existe a preocupação de que a situação continue assim.
Além discutir estes assuntos, o IEP também começa a desenvolver trabalhados na área de responsabilidade social em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR). O instituto assinou convênio com a Prefeitura de Curitiba e criou projetos para captar a água da chuva e economizar com o uso de água tratada na limpeza de escolas. Se o processo for viável o projeto será estendido para as cidades do interior. A mesma idéia está sendo usada para reaproveitar a água em conjuntos habitacionais populares na capital.
Outro tema que vai receber atenção nesta gestão é a difusão de novas tecnologias. Será inaugurado um centro de eventos para a realização de congressos, seminários e palestras. O tema do primeiro congresso será a Revitalização de Rios Urbanos, e trará os engenheiros que recuperaram o Rio Tâmisa, em Londres, e Sena, em Paris. O conhecimento poderá ser usado para revitalizar o Rio Iguaçu e o Belém, por exemplo. O instituto também oferece cursos de mestrado e especialização.