São Paulo – "Esperava-se mais", sintetiza nota do Instituto de Estudos sobre Desenvolvimento Industrial (Iedi) sobre o crescimento de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses deste ano. Segundo o instituto, sem os efeitos da queda do dólar, o crescimento poderia ser maior. O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas no país.

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O relatório indica a valorização cambial do real em relação ao dólar como um fator determinante para o desempenho do PIB. A situação cambial ?está levando a um crescimento muito expressivo das importações e um crescimento mais lento das exportações. O efeito disso é tirar dinamismo do PIB, da economia brasileira?, afirma o economista-chefe do Iedi, Edgard Pereira, em entrevista à Agência Brasil.

Pereira cita o caso das importações, que tiveram crescimento de 19,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo trimestre do ano passado. Já as exportações cresceram apenas 5,9%. O Iedi avalia que o crescimento da indústria da construção no trimestre, de 2,4%, ?decepcionou? e o da indústria de transformação (2,8%) não teve significação.

Ao longo do ano passado, o real ficou 8,66% mais forte em comparação com a média das moedas estrangeiras. Com isso, os produtos estrangeiros ficam mais baratos para o brasileiro, incentivando a importação. Ao mesmo tempo, o produto em real fica mais caro para os compradores estrangeiros.

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