A infraestrutura tecnológica do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 é motivo de preocupação entre integrantes da Associação Comercial do Paraná (ACP) e da Confederação Nacional dos Dirigentes Logistas.
No próximo dia 3, em Curitiba, as duas entidades irão realizar um seminário, denominado Projeto 2014, para discutir o assunto. Iniciativas semelhantes serão promovidas nas outras onze capitais que irão sediar os jogos.
“A Copa de 2014 irá acontecer no auge da evolução tecnológica e digital. Durante o mundial, o Brasil irá receber uma série de turistas, jornalistas e empresários do mundo inteiro que irão precisar da tecnologia para se comunicar, trabalhar e consumir. Se o Brasil não tiver infraestrutura tecnológica para recebê-los, podem haver diversos gargalos”, comenta o diretor geral do Projeto 2014, Marcelo Castro.
Na opinião de Marcelo, o governo Federal e os responsáveis pelas administrações municipais das cidades que serão sedes da Copa já têm, em sua maioria, consciência de que é preciso realizar investimentos na área tecnológica para receber o campeonato. Porém, ainda falta um pouco de visão por parte do empresariado.
“É preciso que donos de hotéis, lojas, bancos, empresas de telefonia e de outros setores também se preocupem com a questão. Atualmente, estamos muito focados em investimentos básicos”, afirma. “Se os hotéis não estiverem preparados, por exemplo, hóspedes podem ficar insatisfeitos por não conseguirem enviar seus e-mails ou não poderem descarregar suas fotos. Se os bancos e as lojas não investirem em infraestrutura tecnológica, os turistas podem deixar de comprar por não conseguirem utilizar seus cartões de crédito ou trocar dinheiro”, afirma.
Na área da telefonia, Marcelo diz que o Brasil deve evitar passar pela mesma situação em que passa a África do Sul na Copa de 2010, onde o sistema de telefonia internacional não tem funcionado da forma que deveria.
“A Copa de 2014 vai ser uma grande oportunidade para que os empresários possam investir em tecnologia, evitando prejuízos. Há tempo hábil para que os investimentos aconteçam”.