Depois da deflação de 0,29% em abril, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) voltou a acelerar na Grande Curitiba. Em maio, o índice fechou em 0,29% positivo, pouco acima da média nacional, que ficou em 0,26%. Um dos itens que pressionou a inflação na capital paranaense foi a tarifa de ônibus, que passou de R$ 1,80 para R$ 1,90 no dia 23 de abril, gerando impacto de 3,33% no índice.
Além disso, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os preços dos combustíveis caíram menos do que em abril. Enquanto no mês passado a queda foi de 6,04%, em maio a redução foi de apenas 0,15%, puxada pela gasolina, que ficou 0,55% mais barata; já o álcool ficou 4% mais caro. Em nível nacional, de acordo com o IBGE, os combustíveis ficaram 1,18% mais caros, por conta do aumento de 0,81% no preço da gasolina e de 5,30% no do álcool.
Também houve aumento de preços no grupos vestuário – com destaque para as roupas, que ficaram 2,03% mais caras -, nos produtos farmacêuticos (1,18%) e em móveis e utensílios (0,22%). No sentido contrário, o grupo alimentos e bebidas registrou queda de 0,10% nos preços, por conta de produtos como o tomate (-29,87%) e da cenoura (-30,33%). Por outro lado, as maiores altas foram registradas pela cebola (21,30%) e batata-inglesa (19,06%).
Brasil
Em nível nacional, a inflação medida pelo IPCA-15 acelerou para 0,26% em maio ante uma taxa de 0,22% em abril. No ano, a taxa acumula uma alta de 1,88%. Nos últimos 12 meses, o índice está acumulado em 2,99%.
Segundo o IBGE, a alta dos preços dos combustíveis foi o principal fator de pressão (0,06 ponto percentual) sobre o índice de preços. Os combustíveis passaram de uma alta de 0,22% em abril para 1,18% em maio.
Também contribuíram para a alta do IPCA: itens de vestuário (variação de 0,43% em abril e de 0,64% em maio), energia elétrica (de 0,03% para 0,77%), empregado doméstico (de 0,65% para 0,91%), remédios (de -0,07% para 0,80%), telefone celular (de 0,71% para 1,06%) e cigarro (de estabilidade para 2,10%).
Os produtos alimentícios apresentaram uma queda de 0,12% ante alta de 0,39% em abril. Dentre os alimentos que ficaram mais baratos estão frutas (-3,37%), hortaliças (-2,61%), açúcar cristal (-2,14%) e frango (-1,21%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA – utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros.
Dentre os índices regionais, o maior resultado foi o de Brasília (0,53%). Com resultados muito próximos, Rio de Janeiro (0,04%) e Fortaleza (0,02%) ficaram com os menores resultados.