A inflação no varejo medida pelo IPC-10 acumula altas de 1,34% no ano e de 5,67% em 12 meses até fevereiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que divulgou hoje o IGP-10.
Na margem, a inflação percebida pelo consumidor apurada pelo IPC-10 desacelerou, de janeiro para fevereiro (de 0,92% para 0,41%), favorecida por avanço menos intenso nos preços dos alimentos (de 1,77% para 0,17%). Nesta classe de despesa, 17 das 21 categorias de gêneros alimentícios tiveram quedas ou desacelerações em suas taxas de variação. É o caso de carnes bovinas (de 3,34% para -2,53%), hortaliças e legumes (de 4,99% para 2,93%), e aves e ovos (de 2,15% para -1,26%).
Mais três classes de despesa mostraram decréscimos em sua taxa de variação de preços. É o caso de Vestuário (de 0,33% para -0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para 0,33%); e Transportes (de 0,64% para 0,42%).
Em contrapartida, houve acréscimos nas taxas de variação de preços de Educação, Leitura e Recreação (de 1,92% para 2,40%), Despesas Diversas (de 0,15% para 0,51%) e Habitação (de 0,27% para 0,28%).
Já o oitavo e novo grupo Comunicação, que passa a fazer parte do cálculo de preços do varejo a partir de fevereiro, subiu 0,32% este mês.
Entre os produtos pesquisados, as altas de preço mais expressivas no varejo em fevereiro foram registradas em tarifa de ônibus urbano (2,26%); curso de ensino superior (3,97%); e curso de ensino fundamental (5,58%). Já as mais significativas quedas de preço foram apuradas em tarifa de táxi (-5,25%); perfume (-1,18%); e vestido e saia (-2,61%).