A inflação voltou a pressionar a renda dos mais pobres. É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda de 1 a 2,5 salários mínimos mensais (de R$ 415,00 a R$ 1.037,50), e que subiu 0,66% em outubro, após registrar queda de 0,57% em setembro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a maior taxa desde junho deste ano, quando o indicador teve alta de 1,29%.

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No acumulado do ano até outubro, o IPC-C1 registra alta de 6,36%, acima da taxa apurada até setembro (5,66%). Nos últimos 12 meses até outubro, a variação atinge 7,97% – superior do que a apurada até setembro deste ano, quando subiu 7,47%.

Segundo a FGV, a inflação entre os mais pobres foi mais intensa do que a sentida pela média encontrada entre as famílias com renda maior. O IPC-BR, que mede a inflação entre as famílias com renda entre 1 e 33 salários mínimos (R$ 415,00 a R$ 13.695,00) subiu 0,47% no mês passado. Os resultados acumulados do IPC-C1 também são maiores do que as taxas acumuladas do IPC-BR, que teve altas, até outubro, de 4,93% no ano e 5,95% nos 12 últimos meses.

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