Rio (AE) – A inflação em 2006 entre a população idosa medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) atingiu no ano passado o menor patamar de elevação desde o Plano Real em 1994. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, o indicador subiu 2,26% em 2006 – também abaixo do apurado em 2005 (5,05%). Para o técnico, o comportamento favorável das tarifas públicas foi o principal responsável por esse resultado.

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?Sem dúvida, as tarifas explicam muito esse resultado. Elas afetaram o resultado de preços do grupo habitação, que é o que mais pesa no IPC-3i?, afirmou o economista, lembrando que a inflação nessa classe de despesa, no âmbito do IPC-3i, fechou o ano passado com alta de 1,8% – ante aumento de 5,69% em 2005. Entre os destaques estão as deflações de preços em tarifa de telefonia fixa (-1,66%) e tarifa de eletricidade (-1,53%), em 2006 – em 2005, essas tarifas encerraram o ano com altas respectivas de 5,53% e de 7,30%.

A inflação no varejo ao longo de 2006 foi beneficiada pelo menor patamar de elevação dos índices de preços, que são usados como indexadores de reajuste das tarifas. ?Esse efeito das tarifas também foi captado pelo IPC-Brasil (que mede a inflação em todas as faixas etárias). Só que, no IPC-3i, esse efeito foi mais contido?, disse, considerando que, os produtos que mais pesam na inflação, no âmbito da população idosa, são diferentes daqueles que mais afetam o IPC-Brasil.

Como exemplo, ele citou produtos do setor de saúde, que são mais importantes no cálculo do IPC-3i do que no do IPC-Brasil. Em 2006, os preços do grupo Saúde e Cuidados Pessoais avançaram 6,23%, pouco abaixo da taxa de elevação registrada em 2005 (6,67%). A taxa mais baixa foi influenciada pela alta de preços menos intensa em medicamentos (de 5,60% para 3,86%), de 2005 para 2006 Entretanto, no mesmo período, o aumento de preços de plano e seguro-saúde não desacelerou muito (de 11,72% para 11,20%).

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