A inflação no atacado da Índia acelerou em junho, encerrando a série de quatro meses de crescimento mais lento e aumentando as preocupações em um momento em que os preços ao consumidor estão subindo a um ritmo perto de dois dígitos ao mesmo tempo em que a rupia enfraquecida está pressionado para cima os custos de importação.
O índice de preços no atacado, principal indicador da inflação da Índia, subiu 4,86% em junho ante o mesmo mês do ano passado, em comparação com alta de 4,70% no mês anterior, de acordo com dados divulgados na segunda-feira pelo ministério de Comércio e Indústria.
A leitura foi um pouco melhor do que a mediana das estimativas de 5,00% de 16 economistas consultados pela Dow Jones Newswires.
O governo também revisou a leitura de inflação de abril para 4,77% em relação aos 4,89% registrados anteriormente.
A inflação no atacado da Índia desacelerou significativamente nos últimos meses, ajudada pelo enfraquecimento da demanda em uma economia que cresceu apenas 5,0% no último ano fiscal encerrado em 31 de março, marcado o ritmo mais lento em uma década. Apesar da acentuada desaceleração da economia, o banco central da Índia tem sido cauteloso em flexibilizar a política monetária de forma demasiadamente agressiva visto que ameaças à inflação ainda existem com uma rupia fraca.
A rupia caiu cerca de 10% ante o dólar desde o início de maio. Economistas dizem que ela está empurrando para cima os custos de importação e pode alimentar pressões sobre os preços nos próximos meses.
O Banco da Reserva da Índia (RBI, na sigla em inglês) voltará a revisar a política monetária em 30 de julho.
Os dados de segunda-feira mostraram que os preços dos alimentos em junho subiram 3,0% ante maio, depois que fortes chuvas em muitas partes do país prejudicaram as plantações. Entre os alimentos, os preços dos vegetais subiram 22%.
Os preços dos combustíveis subiram 1,04% ante maio.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a inflação ao consumidor, o que dá mais peso aos preços dos alimentos do que dados no atacado, aceleraram para 9,87% em junho, de 9,31% em maio. Fonte: Dow Jones Newswires.