A taxa de inflação da zona do euro subiu inesperadamente em abril, para o maior nível em 30 meses, segundo dados preliminares da agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado reforça a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) aperte a política monetária nos 17 países que utilizam o euro como moeda. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu para 2,8% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esta é a mais alta desde outubro de 2008.
Economistas esperavam que a taxa de inflação ficasse estável em 2,7%, o mesmo nível registrado em março. A Eurostat não publica detalhes sobre a inflação em sua pesquisa preliminar. No entanto, os preços vêm sendo puxados pelos maiores custos da energia, que alimentaram aumentos em transportes, óleo de calefação, eletricidade e gás.
Desemprego
O número de desempregados na zona do euro ficou estável em março, no menor nível em um ano e meio, segundo a Eurostat. A taxa de desemprego sazonalmente ajustada permaneceu em 9,9%, assim como em fevereiro, como esperado. Essa taxa havia sido registrada pela última vez em setembro de 2009.
Os números mostraram divergências entre os países membros do bloco. Na Alemanha, a taxa de desemprego diminuiu de 6,4% para 6,3% em março, mas na Espanha e na Itália, entre outros países, houve aumento.
Sentimento econômico
O Índice de Sentimento Econômico da zona do euro caiu para 106,2 em abril, ante 107,3 em março. Esta é a menor leitura em cinco meses, segundo dados divulgados hoje pela Comissão Europeia. Economistas previam que o índice cairia para 107,0.
O índice de clima para negócios recuou de 1,43 em março para 1,28 em abril. O índice para companhias do setor de serviços caiu de 10,8 para 10,4. Entre as empresas do setor industrial, houve queda de 6,7 para 5,8. A confiança do consumidor caiu de -10,6 em março para -11,6 em abril, o menor nível em nove meses e pior que a estimativa inicial de -11,4. As informações são da Dow Jones.