A Grande Curitiba registrou em agosto a quinta maior taxa de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) no País, com variação de 0,63%. O índice ficou acima da média nacional, que fechou com alta de 0,42%. Com este resultado, o IPCA-15 acumula no País variação de 2,85% no ano (janeiro a agosto) e 3,95% nos últimos 12 meses. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na Grande Curitiba, o item ?combustíveis? foi o que mais pressionou a inflação, com alta de 4,04%, resultado do aumento de 4,28% no preço da gasolina, 1,91% no caso do álcool e queda de 0,63% no óleo diesel. Além de Curitiba, apenas Fortaleza e Salvador registraram alta nos preços dos combustíveis em agosto, de 5,93% e 2,02%, respectivamente. As outras oito regiões metropolitanas pesquisadas tiveram redução no preço, e o resultado foi queda de 1,04% na média do País.
Além dos combustíveis, os alimentos e bebidas também pressionaram a inflação, com alta de 1,60% nos preços. Entre os itens que mais subiram, destaque para tangerina (21,02%) e carnes (3,71%). O grupo ?leite e derivados? segue com alta nos preços; em agosto, o aumento foi de 9,78%, principalmente por conta do leite pasteurizado, que ficou 11,65% mais caro, queijos (7,43%) e iogurtes (6,61%).
O grupo ?transportes? também registrou alta, de 1,39%, puxado pelo ônibus intermunicipal, que ficou 2% mais caro. Na ponta contrária, a habitação teve queda de 0,10% – especialmente com a redução de 0,48% na tarifa de energia elétrica -, assim como o vestuário (-0,70%).
País
Na média do País, a inflação de 0,42% foi puxada especialmente pelos alimentos, que tiveram aumento de 1,61% nos preços e foram responsáveis por 0,34 ponto percentual da taxa do mês. Mais uma vez o destaque foi o item leite e derivados, cuja alta chegou a 10,62%, a maior contribuição do mês: 0,23 ponto percentual. Em período de menor oferta, o leite pasteurizado ficou 13,91% mais caro. Com isto, o consumidor passou a pagar mais, também, pelo leite em pó (9,85%), queijos (6,02%) e iogurte (5,31%).
Desde janeiro, o preço do leite pasteurizado já subiu 52,16% na média do País. Além do leite e de seus derivados, o consumidor passou a pagar mais caro, também, por outros alimentos: carnes (4,21%), tomate (4,01%), feijão carioca (2,77%), pão francês (1,86%) e frango (1,66%).
Dentre os índices regionais, o maior resultado foi registrado na Região Metropolitana de Fortaleza (1,04%), enquanto Brasília ficou com o menor resultado (0,08%).