Os fenômenos mais determinantes para a conjuntura econômica brasileira do ponto de vista do Banco Central no ano passado foram a queda de inflação e de juros, que ajudaram na recuperação da economia do País, disse, nesta terça-feira, 30, em São Paulo, o presidente do BC, Ilan Goldfajn.

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Ilan Goldfajn disse que no final de 2015 e início de 2016, quando a inflação estava no pico, era muito difícil imaginar que a mesma atingisse o montante observado hoje. O IPCA encerrou o ano passado em 2,9%, abaixo do piso da meta.

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Segundo ele, uma parte da redução da inflação foi ligada à atuação do BC, mas a queda maior do que o esperado ocorreu por conta da deflação dos alimentos, o que não está dentro do escopo de controle do Banco Central. “Isso não é algo que conseguimos influenciar diretamente com a política monetária”, disse em Conferência do Credit Suisse na capital paulista.

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O presidente do BC disse ainda que a ancoragem das expectativas da inflação foi fundamental e lembrou que em 2016 os agentes de mercado projetavam para 2018 uma inflação da ordem de 8%. “A evolução das expectativas foi importante para a política monetária”, destacou. Ele frisou, ainda, que a queda da Selic no Brasil foi uma das mais rápidas do período de metas de inflação no País.