A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) tornou-se mais fraca e foi de 0,40% em outubro, após avançar 0,75% em setembro, segundo informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado divulgado hoje, o indicador acumula altas de 4,72% no ano e de 6,78% em 12 meses. Embora não seja mais usada para reajustar a tarifa de telefone, a taxa acumulada do IGP-DI ainda é usada como indexadora das dívidas dos Estados com a União.
A taxa mensal, de 0,40%, veio dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado (de 0,32% a 0,55%), e abaixo da mediana das expectativas (0,42%). O período de coleta de preços para o IGP-DI de outubro foi do dia 1º a 31 do mês passado.
No caso dos três indicadores que compõem o IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo – Disponibilidade Interna (IPA-DI) subiu 0,48%, após avançar 0,94% em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve avanço de 0,26% contra taxa positiva de 0,50% em setembro. Já o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-DI) mostrou alta de 0,23% em comparação com o aumento de 0,14% em setembro.
Agropecuária e indústria
Os preços agropecuários no setor atacadista voltaram a cair em outubro. Houve deflação de 0,62% nos preços dos produtos agrícolas no atacado, em comparação com o avanço de 1,85% em setembro, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Já o setor industrial atacadista mostrou trajetória contrária, com taxa de inflação saltando de 0,62% para 0,87% de setembro para outubro.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,18% em outubro contra queda de 0,05% em setembro. Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 0,77% no mês passado em comparação com o avanço de 0,65% em setembro. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram alta de 0,44% em outubro, contra aumento de 2,44% em setembro.