Inflação forçou a decisão do Copom

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu não baixar a taxa básica de juros este mês porque poderia ser forçado a ter de mudar a política no médio prazo, com fortes movimentos de alta na taxa, prejudicando mais significativamente a atividade econômica. Motivo: a recente alta dos preços pode não ser somente um fenômeno temporário, mas sim “uma eventual acomodação da inflação em patamares mais elevados”, diz a ata da reunião, divulgada ontem.

O Copom decidiu por oito votos a 1 manter os juros em 16,5% ao ano na reunião de 20 e 21 de janeiro, contrariando as expectativas da média do mercado, que era de um corte de 0,5 ponto. A ata informou que o membro dissidente do Copom defendeu uma redução de 0,25 ponto percentual, diante do padrão da retomada econômica e da estabilidade das expectativas de inflação.

A ata do Copom mostra que o BC mantém a previsão do reajuste da gasolina em 9,5% em 2004. Para o gás de bujão, no entanto, houve mudança na projeção para 2004 desde a última reunião, passando de 3,5% para 10%, “em virtude do aumento do preço internacional do petróleo e das defasagens existentes entre o preço cobrado na refinaria e o preço internacional convertido em reais”.

Quanto às tarifas de energia elétrica residencial, a projeção de reajustes para 2004 encontra-se em 6,8%. No caso das tarifas de telefonia fixa, foi mantida a projeção de 6,6%. Em relação ao total dos itens administrados por contrato e monitorados, com peso total de 28,9% no IPCA de dezembro último, o Copom manteve as projeções de 7,8% para 2004.

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