Inflação e guerra pressionam o dólar

São Paulo – O mercado de câmbio teve mais um dia de mau humor e o dólar à vista terminou o dia cotado a R$ 3,405 na compra e R$ 3,408 na venda, com alta de 0,98%. Desde o dia 3 que a moeda não fechava acima de R$ 3,40. O volume de negócios foi bastante reduzido, por conta do feriado norte-americano de Martin Luther King. Mesmo sem a referência do mercado dos EUA, o temor dos efeitos de uma guerra contra o Iraque continuou presente nas mesas de negociação. Mas a pressão também veio de fatores internos como a aceleração da inflação em São Paulo e as mudanças promovidas pelo Banco Central (BC) na renegociação de parte da dívida pública atrelada à variação do dólar.

Os investidores já mostravam apreensão desde a última sexta-feira, depois da descoberta pela ONU de ogivas químicas no Iraque. Desde então, as atenções se redobraram em torno dos desdobramentos da crise entre Saddam Hussein e George W. Bush.

O mau humor aumentou na abertura dos negócios de ontem com as notícias internas, que reduziram as chances de uma recuperação dos ativos. O BC divulgou comunicado no início da manhã anunciando mudança nas rolagens de dívidas em contratos de “swap” cambial.

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