O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos foi de 0,24% no mês de fevereiro. Em janeiro, o Índice foi de 0,16%. O acumulado do ano está em 0,40%. E nos últimos 12 meses (de março de 2006 a fevereiro de 2007) em 3,82%. A inflação em Curitiba é calculada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
O grupo Alimentos e Bebidas apresentou alta de preços de 1,53%, ficando em primeiro lugar em contribuição para a inflação em Curitiba. Vale observar que se este grupo tivesse se mantido estável, o índice geral teria sido de -0,06%.
O preço da refeição (almoço e jantar), consumida fora de casa foi o item que mais contribuiu para o índice, registrando aumento de 4,09%. Neste item foi observado aumento no preço do buffet, buffet por quilo, pizza e pratos à la carte.
Além do preço da refeição, os produtos que mais contribuíram para o aumento no grupo Alimentos e Bebidas foram: café em pó (11,22%), tomate (26,83%), lanche (5,43%), frango inteiro resfriado (7,11%) e ovo de galinha (16,19%).
Em contrapartida, o preço dos remédios segurou a inflação de fevereiro, sendo o segundo item de maior contribuição no índice. Os remédios tiveram queda de 3,50%. Em janeiro houve alta de 0,31%. No acumulado do ano o índice foi de -3,20%.
Os remédios pertencem ao grupo Saúde e Cuidados Especiais, que teve variação de -0,5%. Este resultado ocorreu, principalmente, devido à queda nos preços de medicamentos analgésicos e antitérmicos (-8,71%), antiinfecciosos e antibióticos (-4,02%) e antiinflamatórios (-3,52%). A concorrência entre as farmácias foi a responsável pela queda, já que não houve variação significativa nos laboratórios.
O terceiro item que mais influenciou a inflação em Curitiba foi a gasolina, com queda de 2,78%. Em janeiro, este item teve queda de 3,08%. O acumulado do ano é de -5,78%. O álcool teve reajuste de 0,93%, pouco menor que em janeiro (1,15%). No acumulado do ano, o álcool teve aumento de 2,08%.
Outros itens influentes do grupo Transporte e Comunicação tiveram alta: conserto de veículos (3,60%) e IPVA – Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotivos (7,48%). A alíquota de cobrança do IPVA é fixa em 2,5% sobre o valor do automóvel calculado pela tabela da Fipe, portanto, a alta no preço do automóvel usado (7,14% no ano de 2006) foi o que mais influenciou o aumento do IPVA.
Com queda de 2,22%, o grupo Vestuário também contribuiu para que o índice não apresentasse uma variação maior. As promoções que normalmente ocorrem ao final de cada estação fizeram os principais itens deste grupo terem quedas expressivas nos preços.
Os principais responsáveis pelo resultado do Vestuário foram: calça comprida masculina (-10,06%), blusa feminina (-6,93%), conjunto infantil (-9,22%), conjunto esportivo feminino (-14,84%), sapato feminino (-2,81%) e saia e bermuda femininas (-6,20%).
No grupo Despesas Pessoais, os preços permaneceram praticamente estáveis, apresentando variação de 0,02%. Os itens que mais se destacaram foram: com alta de preços, cursos de idiomas e informática (5,23%) e, com queda, excursões turísticas (-7,21%).
A variação dos preços no grupo habitação foi de 0,61%. O grupo apresentou como principais contribuições os itens: aluguel de moradia e imposto predial (IPTU), que tiveram aumento de 1,15% e 1,75%, respectivamente.
Os preços do grupo Artigos de Residência tiveram queda de 0,18%. As principais influências foram de móveis para copa e cozinha, que caíram 8,03% e aparelhos de som, que aumentaram 3,99%.