A inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) recuou para 0,28% na segunda prévia de janeiro. Na segunda parcial de dezembro, o índice havia apurado alta de 0,63%. O principal responsável pelo recuo no avanço de preços foi a desaceleração do IPA (Índice de Preços do Atacado), responsável por 60% da composição do índice. Combustíveis e produtos siderúrgicos têm dado uma trégua depois de sucessivos aumentos. Com isso, o IPA avançou apenas 0,09% na segunda prévia de janeiro, contra 0,67% no mesmo período de dezembro.
Os combustíveis no atacado passaram de uma alta de 4,15% em dezembro para deflação de 0,11%, impulsionados principalmente por óleos combustíveis e querosene para motores.
Os preços ao consumidor, no entanto, não têm seguido a mesma tendência. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou para 0,66%, ante uma alta de 0,51% na segunda prévia de dezembro. Os principais vilões da inflação neste começo de ano são do grupo Alimentação e de Educação, Leitura e Recreação. Fatores climáticos sazonais e o tradicional reajuste das mensalidades escolares no começo do ano letivo ajudam a puxar os preços nesta época do ano.
A gasolina continua a afetar o bolso do consumidor, ainda que de forma mais branda. O combustível passou de uma alta de 3,87% para 1,19%. Já os cursos de ensino superior, com reajuste da mensalidade no início do ano, passaram de estabilidade em dezembro para uma alta de 1,67%. Entre os alimentos, as pressões de alta vêm de itens isolados, como a cenoura, que subiu 18,53% em janeiro, ante uma queda de 7,08%.
